Município, Estado e União unem esforços no combate ao crack
O governador Raimundo Colombo, acompanhado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do prefeito de Florianópolis, Dário Berger, assinou nesta sexta-feira, dia 25, decreto que institui no Estado o programa "Crack, é possível vencer." O documento serve para que Santa Catarina consiga suprir uma série de pré-requisitos para a adesão formal ao plano federal que leva o mesmo nome. Com a medida, o Estado deve ser o quinto ou sexto a aderir ao programa que visa estruturar estratégias para a redução do consumo da droga – a média da tramitação para inclusão no programa é de cerca de um mês. "A integração dos esforços é de fato um exercício fundamental para o sucesso desse trabalho. A droga é a escravidão do nosso tempo. Lutar contra ela é uma ação humanitária", afirmou o governador.
As ações desenvolvidas entre técnicos do município, Estado e Governo Federal prevêem a abertura de cinco novas unidades de acolhimento, duas delas voltadas exclusivamente para crianças e adolescente. O plano deverá colocar dois Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) para funcionar durante 24 horas e acrescentar ao sistema atual de tratamento de dependentes da droga mais 30 leitos para adultos e 16 para o tratamento de crianças e adolescentes em hospitais da região.
Os profissionais estavam reunidos desde esta quinta-feira, dia 24, e apresentaram o trabalho às autoridades no evento desta tarde. “Enfrentar o crack é uma exigência dos brasileiros, do espírito público deste país. E aqui se unificam a vontade política e os esforços”, declarou o ministro. Na área da Segurança, estão prevista quatro unidades móveis de polícia comunitária e, para setembro, a entrega dos equipamentos para realizar esse policiamento diferenciado.
A solenidade teve como intuito apresentar os resultados dos dois dias de reuniões de quatro áreas de atuação - Saúde, Assistência Social, Justiça e Segurança - em três níveis de poder: município, Estado e União. "Com a responsabilidade de todos, vamos derrotar esse problema", disse o ministro da Justiça. O prefeito de Florianópolis, Dário Berger, destacou que a integração das ações é um passo concreto para encontrar uma solução a esse problema. O primeiro plano é Florianópolis contribuir para lançar as bases para o programa na região metropolitana e atender uma população de até um milhão de habitantes.
“Alguns países já deram a batalha como perdida, o Brasil não. Construímos ações integrais de combate a uma epidemia que está assolando o país e, hoje, temos um caminho a ser seguido para vencer essa epidemia”, disse o secretário de Assistência Social, Trabalho e Habitação, João José Cândido da Silva. O secretário explicou que a proposta ainda não tem valor definido por ser um trabalho intersetorial que envolve mais de um ministério, mas que os investimentos vão crescendo até 2014. Para Cândido, o diferencial das ações é colocar o dependente químico sob a atenção da saúde, do tratamento da dependência e de um trabalho para a sua ressocialização.
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